terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Risotto de abobora e moira



“ Lá para as bandas do Oriente, terras de ninguém … prisioneira dos séculos, vive a moira, encantada por um fado sem tempo, guardando um misterioso … Ela passa pelos tempos, mas os tempos não passam por ela... Sua juventude é eterna, suas lágrimas não têm fim...”

“In Lendas de Gondomar”

Um Risotto de abóbora e moira que fez as delicias de quem a provou. E como deixou a todos encantados e prisioneiros será para repetir mais vezes.

Como fazer:

1 Abóbora butternut + 1 moira + 1 cebola + 2 dentes de alho + 1 chávena grande de arroz carnaroli + 1 copo de vinho branco seco + 1 litro de água + pimenta rosa + azeite + sal

Primeiro leva-se o azeite ao lume de seguida acrescenta-se a cebola e os alhos e deixa-se saltear um pouco. Acrescenta-se a abóbora cortada em cubos pequeninos e deixa-se estar um pouco. Acrescenta-se a moira e deixa-se estufar durante 10 minutos (sem deixar que a abóbora se desfaça).

Retira-se a abóbora e a moira e acrescenta-se o arroz. Tempera-se com o sal e pimenta. Deixar o arroz fritar um pouco, acrescentar o vinho e deixar evaporar, adicionar aos poucos a água e mexer sempre com cuidado. Quando estiver quase pronto (mais ou menos 15 minutos) acrescentar a abóbora e a moira cortada em pedacinhos pequeninos.

Depois é só servir sem demora e deixar que a moira nos encante e nos prenda.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Em segredo



“Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”

Antoine de Saint-Exupéry

Feita em segredo esta mousse, para mimar os que estão comigo.

Como fazer:

6 Ovos + 6 colheres de açúcar + 1 tablete de chocolate preto para culinária + uma colher de sopa de manteiga + sal + 2 colheres de Vinho do Porto + raspa de uma laranja

Leva-se o chocolate e a manteiga a derreter em banho-maria. Bate-se as claras, com uma pitada de sal, em castelo. Depois, bate-se as gemas junto com o açúcar, até que esta mistura duplique. Quando o chocolate estiver derretido, juntar à mistura das gemas e mexer. Acrescentar o Vinho do Porto e a raspa de laranja. Finalmente, ir juntando as claras em castelo, envolvendo bem e sem bater. Levar ao frigorífico pelo menos duas horas.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Flôr



Uma sopa rica e cremosa feita com um legume que tem nome de flor. Couve-flor. E apesar das minhas rejeições iniciais esta sopa mostrou-se tal como é, aveludada, rica e com um sabor delicado. E não é preciso muito, basta isto:

Como fazer:

2 Batatas + 2 cebolas + 1 couve-flor + água + sal + azeite + cebolinho + pimenta rosa

Primeiro faz-se as cebolas aos cubos em azeite e depois acrescenta-se as batatas e a couve-flor. Tempera-se com sal e pimenta e deixa-se estar um pouco. Acrescenta-se depois a água a ferver só até cobrir os legumes e espera-se 30 minutos. Ao fim desse tempo passa-se com a varinha até ficar cremosa. Ao servir acrescenta-se o cebolinho.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

De novo






De novo a vontade. O ritual diário de por as mesas. De preparar refeições que signifiquem mais do que alimentar, que nos encham a alma e o coração. De calcorrear ruas e vielas sempre em busca de algo que me acrescente, a mim e à minha casa.
E apesar destas vontades todas, um cansaço absurdo não me tem deixado ser eu por inteira. Mas eu sei que sim, que vai passar. Tem que passar isto de me sentir tão frágil. E entretanto ficam pequenos fragmentos dos meus dias impossíveis. E que apesar disso ainda podem conter toda a beleza que pretendermos.
São as pequenas coisas que me fazem esquecer um bocadinho esta fragilidade e este cansaço.
E eu sei, também, que fazem felizes os que estão comigo.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Era suposto



Era suposto. Ser um quê? Um Panettone. Pois, mas de vez em quando as minhas invenções não correm pelo melhor. Foi este o caso. Uma vontade enorme de um bolo que tivesse frutos secos e uma pesquisa rápida num livro levaram-me até esta receita. Mas sem formas próprias o panettone acabou por ficar com este aspecto. Mas o sabor ficou muito bom. E afinal é isso que mais importa.

Este panettone é feito em três etapas.

Como fazer:

1ª Etapa

2 Saquetas de fermento de padeiro + 3 ovos + 5 colheres de açúcar + 1 chávena de leite morno

Bate-se tudo junto.

2ª Etapa

3 Chávenas de farinha

Por fim acrescenta-se a farinha deixa-se a repousar durante 45 minutos.

3ª Etapa

Raspa de 2 laranjas + sumo de 2 laranjas + 1 chávena de café de vinho do Porto + 125 g de manteiga + 1 lata de leite condensado + 3 ovos + fruta cristalizada + frutos secos + 6 chávenas de farinha

Misturar a massa descansada aos ingredientes da terceira fase. Depois de mexer bem, colocar na forma untada.

Levar ao forno a 180 º durante 40 minutos.

Este bolo fica com a camada exterior crocante e o interior muito fofo. Vale a pena experimentar. Seja neste formato ou outro qualquer.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Farrapo Velho




Para mim Natal sabe a rabanadas e pinhões, bolo-rei e pudim de amêndoa, mexidos e leite-creme, congro e bacalhau. Mas Natal sem farrapo velho não existe. Pode existir cabrito, peru, polvo mas se faltar o farrapo velho, então não é Natal. Talvez por só ser comido nesta altura me saiba tão bem. E por isso é presença obrigatoria à mesa do dia 25.

Como fazer:

Aproveitar as sobras de batatas, bacalhau e couves da Ceia de Natal + agua onde foram cozidas + sal + pimenta preta + 3 cebolas + 3 dentes de alho + azeite + ½ garrafa de vinho tinto

Primeiro parte-se as batatas em cubos, o bacalhau em lascas e parte-se também as couves e reserva-se. Leva-se a ferver a água de cozer as batatas. Faz-se um refogado com as cebolas cortadas em meias luas, os alhos picados e o azeite e deixa-se estar. Depois acrescenta-se o bacalhau em lascas, tempera-se com o sal e a pimenta e deixa-se refogar ligeiramente e acrescenta-se o vinho tinto. Deixa-se estar durante 20 minutos. Depois acrescenta-se as batatas e as couves e acrescenta-se a água a ferver aos poucos (apenas a necessária para não deixar secar). Rectifica-se os temperos.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Rabanadas ricas


Como até aos Reis é tempo de Natal, cá em casa os doces típicos desta época vão desfilado uns atrás dos outros. Desta vez umas rabanadas diferentes. Que por serem enriquecidas com doce de ovos transformam-se num doce bastante rico. E curioso é que todos gostam muito de rabanadas, mas não são unânimes na preferência. Ainda bem assim.  

Como fazer:

Para as rabanadas:

1 Pão para rabanadas (com três dias) + meio litro de leite + 4 ovos batidos + açúcar + canela + óleo

Primeiro aquece-se o leite com o açúcar e a canela. Depois corta-se o pão em fatias e passa-se pelo leite e deixa-se estar 10 minutos. Passa-se depois pelo ovo e leva-se a fritar em óleo quente até estarem douradinhas. Retira-se para folhas de papel absorvente e reserva-se.

Para o doce de ovos:

6 Gemas de ovo + 150 g colheres de açúcar + água q.b. + sal

Leva-se o açúcar e a pitada de sal ao lume e cobre-se com água, deixa-se estar até formar ponto de pérola. Quando a calda estiver no ponto, retira-se do lume e incorpora-se as gemas de ovo (bem batidas), mexendo sem parar Leva-se ao lume outra vez, até ficar cremoso.

Quando o doce de ovos estiver morno cobrem-se as rabanadas e polvilha-se com canela.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Oferta ao Menino


Para oferecer ao Menino umas bolachinhas Shortbread aromatizadas com canela e gengibre. E estas bolachas desapareceram num abrir e fechar de olhos. Sinal que o Menino e todos os meninos que por cá passaram gostaram destas bolachinhas.

Como fazer:

300g de farinha + 200g de manteiga à temperatura ambiente + 100g de açúcar + sal + 2 colheres de chá de canela + 2 colheres de chá de gengibre fresco ralado

Primeiro coloca-se a farinha numa taça e junte a manteiga previamente cortada em pedaços. Com as mãos esfarela-se bem a manteiga na farinha até a massa formar migalhas. Juntar o açúcar, a canela, o gengibre e o sal e amassar bem até formar uma bola maleável de massa.
Polvilha-se uma superfície de trabalho e, com o rolo da massa, estende-se a massa até ter cerca de 5mm de espessura. Corta-se com a forma desejada e coloca-se num tabuleiro forrado com papel vegetal.

Leva-se ao forno cerca de 8 a 10 minutos a cerca de 180ºC.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um caminho de luz



É o que desejo para 2012. Que seja um caminho de luz. Que todos estes augúrios de ano horrível não passe de uma previsão errada, como muitas a que nos habituaram. E quero que seja assim este ano de 2012, para mim e para todos os que me rodeiam, física ou virtualmente. Quero um ano bom. Quero um ano de luz nos nossos olhos e nos nossos corações. Quero um ano com um sorriso. E basta isto, o querer, para sentir que sim, que apesar de todas as adversidades será um ano bom. Porque querendo metade do caminho já está iluminado. E, porque são as dificuldades que nos fazem crescer, então, seremos grandes porque seremos inteiros.