segunda-feira, 25 de maio de 2015

Borboletas.



 
 
É talvez um dos símbolos mais inspiradores, pela capacidade de crescer e de mudar. De deixar a zona de conforto do casulo, para descobrir novos mundos, de uma forma leve, ligeira e graciosa. E, tal como elas, também nós estamos em constante movimento e passamos por diversas fases, vitais e necessárias. E passar para aprender e apreender, seguir em frente em busca de mais, mais beleza, mais inspiração, mais crescimento. Desde sempre que as borboletas me fascinam, por isso, pela beleza, pela liberdade. Por isso quando olhei para este prato lindo cheio de borboletas, pensei num bolo simples mas com um pequeno toque, aquele toque que fizesse toda a diferença.
Esta receita já é repetente mas desta vez quis dar-lhe um "twist", uma especiaria que o elevasse. Pimenta. E ficou tão bom. A harmonizar tão bem com as minhas borboletas. Assim leve, leve.
 
Como fazer:
 
150 g de manteiga + sal + 1 e 1/2 chávena de açúcar + 2 chávenas de farinha + 1 colher de sobremesa de fermento em pó + 4 ovos + 1/2 chávena de leite + sumo de 1 laranja



6 maçãs + 3 colheres de sopa de açúcar amarelo + raspa de uma laranja  + 1 colher de chá de pimenta preta (moída)  + 1 cálice de Vinho do Porto + 1 pitada de sal



Primeiro parte-se as maçãs em cubos pequenos e adiciona-se o açúcar amarelo, o sal, a raspa de laranja, a pimenta preta e o Vinho do Porto e deixa-se estar a macerar durante 1 hora.



Bate-se a manteiga com o açúcar e o sal até obter uma mistura esbranquiçada. De seguida adiciona-se os ovos um a um. Bate-se mais um pouco e adiciona-se a farinha e o fermento alternadamente com o sumo da laranja. Depois de bem batido adicionam-se as maçãs e a calda onde estiveram a macerar.
Leva-se ao forno a 170 º em forma untada e polvilhada durante mais ou menos 30 minutos. Faz-se o teste do palito e se este sair limpo o bolo está pronto. Retira-se do forno e deixa-se arrefecer na forma. 
 
E está, o bolo que é tão simples e poesia.

"Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor."

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos"
 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Pão de Água.





Farinha, água, sal e fermento para uma receita minimalista de pão. Muito fácil de fazer é só misturar os ingredientes todos e esperar. Esperar muito tempo. Muitas horas, no mínimo 12, até que o processo todo esteja concluído. Chama-se no-knead bread, ou seja, pão não amassado, isto porque o processo de amassar e sovar o pão, para que o glúten se desenvolva, é omitido. Chamo-lhe pão de água, pela razão óbvia, a quantidade de água que leva a receita.

Fica aqui a minha versão. E fica também a referencia ao sitio onde nasceu este pão. 

A reportagem pode ser vista neste vídeo do New York Times.


Como fazer:

500 g de farinha + 1 saqueta de fermento de padeiro + sal + 400 g de água

Numa tigela grande colocar os ingredientes todos e misturar com uma colher de pau. Tapar com um pano e deixar estar assim pelo menos 12 horas.

Passado esse tempo forrar uma forma com papel vegetal e verter a massa. Levar ao forno durante mais ou menos 30 minutos (depende do forno) a 200 º. 

Quando estiver cozido retira-se e deixa-se arrefecer dentro da forma.