terça-feira, 29 de agosto de 2017

Caminhos.












Nesta terra de ventos temperamentais e indomáveis, o dia começa cedo. Bem cedo. Caminheiros, peregrinos, ciclistas, atletas, surfistas cruzam-se, numa azáfama, com os banhistas corajosos, que se aventuram a enfrentar a nortada fria e agreste. Nos dias em que o vento é mais agreste, e não dá para praia, uma das alternativas são as caminhadas. Junto ao rio, junto ao mar ou por caminhos mais interiores mergulhamos no silencio da natureza e vamos vendo e sentindo de pleno os cheiros de verão, a uva morangueira com o seu aroma inconfundível, a terra quente ao sol do meio dia, o aroma  dos pêssegos doces, as figueiras carregadas de frutos negros e de todos eles a correr uma lágrima de mel, as rosas, o cheiro a resina e a hortelã. As amoras a ficarem naquele ponto certo para serem colhidas, as espigas douradas à espera de serem transformadas em alimento precioso. São os cheiros do verão, o cheiro a liberdade, a paz e tranquilidade. A dias grandes e noites estreladas. A dias que são tudo e que sabem assim como uma sombra fresca em redor de uma casa em dias de calor.

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